Chegada a Nacala
O Navio Niassa caminhava rumo a Norte!
O Ventor observava as estrelas na escuridão da noite, sob o mesmo tecto do meu amigo Apolo e, escanchado sobre milhas marítimas, sabia que para lá desse horizonte que observava caminhando para norte, havia outros horizontes de sonhos para lá daquele que ele observava. Além de nomes já conhecidos dos seus estudos sobre o chão da guerra em Moçambique, ele recordava a Baía de Pemba, a foz do rio Lúrio que iria ser seu companheiro de caminhadas nas zonas das suas nascentes, ficava a foz do rio Messalo por cujas nascentes o Ventor também caminharia e, mais para norte, ficava a foz do rio Rovuma, que servia de fronteira entre Moçambique e a Tanzânia e que seria o limite, a norte, que o Ventor só chegou a ver do ar mas, mais lá para trás.

Os barcos do Vasco da Gama, rumando a Norte protegidos pelos deuses
De repente o navio Niassa, muda de rumo! O Ventor sabia que estava na hora de mudar de rumo, sabia que estaria na hora de ver o seu amigo Apolo ficar para trás, no momento que o Niassa rumaria para Oeste e o seu amigo Apolo veria por baixo dos seus trilhos, a "caravela de ferro", que transportava o Ventor e seus companheiros rumo a bom porto.
A Baía era larga e comprida e o fim, o objectivo final, onde o navio Niassa iria atracar, ainda estava longe.

