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O Ventor em África

Foi assim, em 1968, em Marrupa, no Niassa. Ficamos os dois frente a frente, envolvidos por um mundo dourado

O Ventor em África

Foi assim, em 1968, em Marrupa, no Niassa. Ficamos os dois frente a frente, envolvidos por um mundo dourado

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O Vexilóide de Alexandre Magno

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Marrupa 68: foi assim que ele me olhou


Na rota do meu amigo Apolo com o vexilóide de Alexandre Magno e o mreu Leopardo


Em áfrica, tudo é grande e belo. Podem ver aqui o meu menu africano



Um PV2. Havia destes no Niassa, em operação. Bom dia Tigres onde quer que estejam


Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!

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01.02.23

Faz hoje 55 Anos


Quico e Ventor

Isso mesmo! Faz hoje 55 anos.

Em 31 de Janeiro de 1968, saímos de Nacala (AB5), manhã muito cedo, apanhar o comboio para Nova Freixo (actual Cuamba). Saímos do AB5 e fomos apanhar o comboio para o AB6 (na velha Nova Freixo).

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AB6

Recebemos ordens para levantar as rações de combate porque, se não o fizéssemos, iríamos ter uma viagem com fome. Claro que nós éramos todos rapazes muito ablidosos e era um sonho demasiado bronco passarmos fome num comboio que iria passar por muita estações onde, certamente, haveria sandes e cervejas para nos aguentarmos até ao AB6. Foi realmente um sonho que não fez grande sentido depois de acordados.

Fiz compras na estação de Nampula de coisas que nem imaginava o que seriam. Comprei uma espécie de salgados a pensar que eram bolos e frutas demasiado maduras, intragáveis. Nos calores africanos nem tudo se aproveita. Ninguém comeu e eu levei comer quase para todos pois dos 18, estavam quase todos tesinhos que nem carapaus.

Depois as estações estavam quase todas encavalitadas umas sobre as outras na sua azáfama de trocas e valdrocas, em que entravam e saíam dos comboios tirando coisas, entrando coisas, muitas dessas coisas embrulhadas numa espécie de sacos ou melhor, panos a fazer de sacos, embrulhando-as. Era gente que vivia muito das trocas realizadas através dos comboios. Assim uma espécie do Robert Redford, em África Minha, a meter os dentes dos elefantes no comboio, neste caso, sem sacos nem panos.

E lá chegamos! 

Chegamos à estação de Nova Freixo, cheia de bobinas de cabos rodeadas de capim, onde nos esperava meio de transporte para o Aérodromo. Chegamos esfomeados mas tivemos logo crédito e abertura do bar para comermos umas sanduiches e beber umas cervejas, como se estivéssemos no Wallala do meu amigo Odin.

E assim foi no dia 31 de Janeiro de 1968. As camas estavam situadas no Hangar no meio de aviões, de bombas, de melgas de percevejos, de .... tudo. Era a nossa África, no caso, o nosso Moçambique, o nosso AB6.




O Ventor e a sua amiga cegonha, 1969, em Vila Cabral