Mais uma vez Alfundão
Olá, amigos!
O Ventor não esteve em Alfundão, mas terá sido com aqui
Hoje o Ventor está muito triste. Triste por não ser capaz de estar convosco e com o nosso amigo Guga nessa bela terra do Alentejo.
Guga continuará a espreitar todos e a esperar pelo Ventor
Ele tanto gostaria de estar aí convosco, mas o Senhor da Esfera anda muito zangado com o Ventor. Deve ser por se terem desentendido ele e o cavalo Antar!
Mas agora sou eu que tenho de o aturar. Ele anda fula contudo. Até comigo!
Ouçam o que ele me está a dizer!
Não? Diz que não quer que eu ponha aqui o que me está a dizer. Apenas que está muito triste e mais nada.
Mas eu contovo-vos, quero que ele se lixe!
Ele diz que apesar das doses de cavalo que tem tomado, as dores são muitas, mas o pior é que ele sente-se amarrado numa camisa de Forças! E a pior coisa para chatear o Ventor é sentir-se amarrado a uma amiga indesejável e, de momento, as amarras são muito fortes. Ele pensou em correr riscos mas, para já, estes são muito elevados e, além disso, a minha dona não iria e ele quis ir sózinho, mas pensou melhor. Agora diz que fica para a próxima. Podia estragar-vos o dia.
Nem ele nem a minha dona podem ir ver, abraçar e beijar os seus (nossos) amigos de sempre. Mas o Ventor diz que vai estar presente em todos os momentos deste dia. Vai assistir a todas as chegadas e vai abraçar todos, um a um, vai beijar todas as companheiras da vossa paz, uma a uma. Ele diz que, agora que conhece o local, não lhe vai custar nada caminhar, junto de vós, em espírito.
Não vai haver o pão-de-ló da Tina
O Ventor diz que as amarras que o ligam aos seus amigos de sempre, são muito fortes.
Ele ainda os vê caminhar dentro da farda de cor de café com leite, como há 40 anos atrás!
Vê-os sorrir, como há 40 anos atrás!
Vê-os brincar, como há 40 anos atrás!
Ainda vê os seus sonhos de há 40 anos atrás!
Há um misto de sonho e realidade que os liga ainda hoje.
Ele vê-os correr brincando, estugar o passo para entrar na labuta diária, ainda os vê sonhar com as suas casas, com as suas famílias, com as suas namoradas, vê-os rirem-se das paródias, mas sofrerem por dentro.
Os beijos dos pais, da família, das namoradas, estavam longe. Longe no tempo e no espaço. Tudo era um mistério! Ninguém previa o futuro, mas não era proibido sonhar.
Hoje, alguns, têm algumas dessas coisas e têm-se a eles. É nestes bocadinhos que voltam a andar para trás, recordando! Hoje continuam sonhando com as presenças uns dos outros e os sonhos alargam-se sempre. Sonham com Mafra, com Alfundão, com a Ria, com Massamá, com ... e também com o futuro!
Uma flor, o altifalante do Ventor.
Olá, Maralhal Recordemos sempre. You are so Beautiful!
Por isso, o Ventor diz-me que, juntos e aos abraços ou separados e doentes, eles estão amarrados para sempre, vivendo a realidade e o sonho.
Hello, Alfundão!
Aquele abraço!