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O Ventor em África

Foi assim, em 1968, em Marrupa, no Niassa. Ficamos os dois frente a frente, envolvidos por um mundo dourado

O Ventor em África

Foi assim, em 1968, em Marrupa, no Niassa. Ficamos os dois frente a frente, envolvidos por um mundo dourado

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O Vexilóide de Alexandre Magno

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Marrupa 68: foi assim que ele me olhou


Na rota do meu amigo Apolo com o vexilóide de Alexandre Magno e o mreu Leopardo


Em áfrica, tudo é grande e belo. Podem ver aqui o meu menu africano



Um PV2. Havia destes no Niassa, em operação. Bom dia Tigres onde quer que estejam


Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!

Adrão e o Ventor
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Ventor entre as Flores

15.11.04

Entre o Equador e Luanda


Quico e Ventor

Mais uma etapa na nossa caminhada rumo a Moçambique

Entrado mar dentro e, perdido o cabo mais ocidental da Europa, na bela serra de Sintra, no meio da longínqua bruma, esfumado todo o nosso mundo, ficamos apenas nós, cerca de 1.800 homens, o Niassa, o céu e o mar. Ah! Mas sem esquecer os golfinhos que, pareciam adivinhar que, aquele barco, apenas transportava sonhos.

No entanto, saídos do convés e deixados os golfinhos saltando e procurando dar ânimo àqueles que continuavam a observá-los, como eu, feita a entrada no porão, haviam aqueles que já, com as saudades a miná-los, escreviam às suas gentes, para colocar no correio, à chegada a Luanda.

Dali, acabados os suspiros daqueles que ainda mal acreditavam no que lhes sucedia, até à linha do Equador, as profundezas do Niassa, tornaram-se num autêntico casino onde os jogos eram o caminhar na esperança da continuidade do passado de muitos que nada mais poderiam fazer.

Também eu, depois de me encantar com os golfinhos, desci do convés, observei diversas jogatanas e, deitei-me sobre a cama a ler um livro do Descartes, o "Dez Cartas", como eu lhe chamava!

Perdidos, naquele submundo, lá fomos, jogando, comendo, lendo ou dormindo, pois o cansaço originado naquela euforia, desde o Natal de 1967, até 4 de Janeiro de 1968, fora intenso. Só encontramos mais uma rejuvenescida euforia ao chegarmos à linha imaginária do Equador.

Saídos da paragem equatorial, naquele belo dia de Janeiro, virados a sul, quatro horas depois, o Niassa lá seguiu aprumado, rumo a sul, com a bandeira verde-rubra a esfarrapar-se toda, vassourada pelos ventos que rondavam o mastro.

Ao proximarmos-nos de Luanda, sentíamos a curiosidade de observar-mos a sua baía de sonhos de que muitos de nós já ouvíramos falar. Ali estava ela, à frente do Niassa e, na sua frente, a baixa de Luanda, encostada ao Planalto, por onde a cidade prosseguia mas que, nós, estávamos longe de imaginar.

Foi então que me recordei das conversas que tinha com o Senhor Major Costa e outros companheiros da DSCTA, na Av. António Augusto de Aguiar. Dizia ele: "Fox, no mundo só há três maravilhas! A cidade de Rio de Janeiro, a Catedral de Chartres e a Baía de Luanda". 

Cada um tem os seus gostos e o Major Costa tinha os dele. Mas, a verdade, é que eu estava, então, ali, a observar uma das suas maiores belezas deste mundo. A célebre Baía de Luanda.

 

 

Luanda - foto tirada da Wikipédia de autoria de Paulo Céar Santos

A Marginal de Luanda é mesmo linda. Acredito que nesta baía e nesta cidade, batem forte e conjuntamente, os corações de angolanos e portugueses

À medida que o Niassa sulcava as suas águas, os meus olhos tentavam perscrutar tudo que estava ao meu alcance. À nossa  esquerda a cidade, lá no topo, a Fortaleza de S. Sebastião.  Eu apreciava a beleza da Baía, da Av. Marginal e da parte da cidade que vinha dos lados do Planalto e se debruçava sobre a baía. No entanto, o que nós mais queríamos era esquecer o arroz "mofoso" e matar a fome.

O Niassa atracou no cais e logo nos deram autorização para pisarmos a terra firme de Angola. Era Luanda! A capital da parte da mãe negra que estávamos habituados a ouvir gritar: "é nossa"!

Saídos do Niassa com uma enorme vontade de comer algo diferente, lá fomos nós vasculhar a bela cidade de Luanda. Primeiro, direitos aos Correios e tentar pesquisar quaisquer tascos pelo caminho.

Lá fomos quatro "garimpeiros" à procura das nossas pepitas. Chegados aos Correios, as filas eram enormes para colocar selos, para telefonar, para ... consegui comprar uns postais, fugi das filas e fiquei com eles no bolso.

Por fim, Luanda "deitou-se", e depois de verificarmos que Luanda mais parecia uma cidade ocupada militarmente, pois só víamos militares, representantes das três armas, saídos do navio Niassa e cerca de dois dias antes os que saíram do Vera Cruz, muitos ainda andavam por ali, lá fomos encontrar, já perto da meia noite, na hora do fecho, um tasco que nos conseguiu arranjar umas bifanas que, enroladas em cerveja cuca, lá nos apasiguaram corpo e alma.

Por fim, comidos e regadinhos com a cerveja cuca, em vez de descermos até ao Niassa que nos aguardava na Baía, para dormirmos, resolvemos continuar a subir até ao Planalto. Passamos toda a noite a caminhar por uma cidade que dormia. Caminhando pelas ruas de Luanda, passamos uma noite onde o som predominante, além das nossas passadas nas calçadas, eram as chaves dos guardas noturnos.

Belezas de Luanda, tiradas do Youtube

Ao raiar da aurora, aproximamos-nos do mercado de Luanda e resolvemos fazer, por ali, uma boa caminhada até ele abrir. Nas calçadas de Luanda, além do barulho dos nossos sapatos, começamos a sentir alguma concorrência. Verificamos, então, qua as pessoas se tinham deitado cedo e, também, manhã cedo se começaram a dirigir para os seus trabalhos.

Um desses locais era o mercado de Luanda. Escusado será dizer que fomos nós, os primeiros clientes! Entramos e ficamos encantados com algumas das coisas que nos serviriam, belamente, para levar na nossa caminhada até à próxima paragem - Lourenço Marques. Presunto, chouriços, queijo e fruta.
Muita fruta! Ananás, laranjas, bananas, mangas e, algo muito especial - uvas! Uvas, no mês de Janeiro, para nós era um milagre! Vinham da África do Sul e podem crer que eram muito boas. Fomos todos carregados para o Niassa. Nenhum de nós os quatro perdia dinheiro em batotas, uma doença terrível!

Levamos as nossas compras para o Niassa e saímos de seguida para não cometermos o erro de chegar atrasados ao restaurante onde eu estava decidido a matar a fome, nesse dia, 15 de Janeiro de 1968.

Arrumamos as nossas compras mas o espaço era iníquo. Pendurei as frutas por cima da cama e lá fomos nós. Arranjamos um restaurante com uma boa esplanada. Eram 11 horas e começamos a ver o que havia para matar a sede sem ser cerveja. Eu estava enjoado de cerveja e de bolacha baunilha.

Vi uma garrafinha verde, muito bonita, cheia de bolhinhas e, foi então, que bebi o meu primeiro seven up. Aqui ainda não havia. Bebi o seven up mas o calor era tanto que voltamos à cerveja. Depois de bem regados pedimos um frango assado para cada um, acompanhado de batatas fritas! Disse logo ao empregado; não nos traga arroz, senão podemos dar cabo da esplanada! Nunca mais esqueci aquela esplanada! Até já a vi em sonhos mais de uma vez!

 O Ventor e um algarvio a matarem a fome em Luanda

Acabados de almoçar, demos mais uma volta, pela Marginal de Luanda. Tiramos umas fotos e de volta ao Niassa, fomos falando com as pessoas, mortas de saudades do "Puto" (Portugal) que se mostravam tristes quado dizíamos que seguíamos para Moçambique.

Por fim, lá entramos no Niassa, para a nossa segunda etapa, rumo a Lourenço Marques. Quando cheguei ao barco, de barriga bem cheia, assustei-me com aquela fruta toda! Disse logo: "estou lixado se levo com um ananás em cima da cabeça quando estiver a dormir"!

Com a serenidade devida, comecei a imaginar que a fruta tinha sido um mau investimento. E era mesmo! O calor iria estragá-la depressa e, por isso, o melhor era comê-la enquanto fosse viável. Um paraquedista que eu não conhecia de lado nenhum, pediu-me dinheiro emprestado para o seu jogo da lerpa. "Escolheste a porta errada, pá! Se quiseres comer fruta, tens aí. Dinheiro para jogo? Do que Deus te livrou"!
Esperei a partida do Niassa, observando Luanda e a sua Baía. O sol estava bem lá para o Oeste do Atlântico, rumo às Américas e nós, preparávamos a partida para a etapa que nos levaria a rodar o Adamastor, um amigo de estimação dos nossos antepassados e gáudio das nossas aulas de Geografia. Com os acenos de angolanos e alguns familiares da tropa que iria avançar para Moçambique, levantamos âncora e começamos a refazer o rumo que trazíamos de trás. Dissemos adeus a Luanda até uma próxima vez que, alguns, nunca mais teriam ...

Antes: Mar Alto

Depois: Frente ao Adamastor




O Ventor e a sua amiga cegonha, 1969, em Vila Cabral

14.11.04

Mar Alto


Quico e Ventor

E o Ventor continua a descrever-nos a viagem do Niassa com ele e seus companheiros, por mar alto, na sua primeira etapa, rumo a Luanda.

«Ao deixarmos para trás o último elo, o Cabo da Roca e a serra de Sintra, passamos a ter apenas, Niassa, mar e céu. E, entretanto, chegara a hora do almoço. Já não me recordo o que foi o nosso almoço no primeiro dia de Niassa mas duma coisa eu tenho a certeza, fui ver como era mas não comi. Como havia de comer se na véspera tive dois jantares!

Na véspera comi um cozido à portuguesa na hora de jantar normal e na casa onde morava fizeram-me um espargueti fabuloso, um prato que eu aprecio tal como se fosse um italiano vero. Depois de um cozido e de uma caminhada por Alcântara e pela Torre de Belém, regressei a casa porque o dia seguinte não seria para brincadeiras. Só para rebocar a minha mala de livros iria ser bonito!

Ao chegar a casa ainda me esperavam acordados e ainda me fizeram companhia para comer um prato de espargueti. O espargueti guisado com toucinho  intermeado, chouriço e bacon, escorrega, acomoda-se e não faz estrago nenhum. Até parece que não ocupa espaço! Cozido e espargueti entendem-se às mil maravilhas, com o Ventor. Neste caso, eles sabiam que tinham de se acomodar os dois e não incomodar o Ventor. Não satisfeito, comi outro prato de espargueti, na manhã seguinte, ao pequeno almoço».

«Parecia que estava a adivinhar tudo o que estava para vir. Não voltaria a comer um cozido como este tão depressa e, então, espargueti como aquele, não voltaria a ver tão cedo, pensava eu. E assim foi!

Todas estas razões foram suficientes para não me preocupar com o almoço no dia da grande abalada. Levava comigo uns chouriços e outras coisas que me foram valendo até Luanda. Normalmente, nos dias pós-embarque, quando terminava a minha leitura ou os meus passeios pelo convés, a apreciar o mar, perguntava aos mais atentos de que era o almoço ou o jantar, a resposta era invariavelmente a mesma. Ou era estilhaços com arroz, ou era arroz com estilhaços! Ás vezes deslocava-me lá para ver o que me calhava em sorte e se conseguia comer; mas não! O arroz sabia e cheirava a mofo e ia servindo para alimentar os peixinhos. Normalmente havia sempre alguém que comia mais um pouco e também era isso que me fazia ir levantar a minha refeição. Devia fazer algo pela sociedade onde me integrava. Pois eu não podia tragar aquele arroz a saber a mofo. Nunca me tinham calhado pratadas daquelas, nem em Adrão e não seria ali que iria iniciar-me! Foi assim até Luanda, mas eu também tinha as minhas alternativas. Bolacha baunilha com cerveja Sagres ou cerveja Sagres com bolacha baunilha»!

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Nos intervalos apreciava os golfinhos em grupos, cavalgando as águas, saudando-nos!

Foram eles das maiores belezas que encontrei nesta grande caminhada de milhares de km, ou milhas náuticas. Belezas inesquecíveis

«Às vezes lá aparecia uma alma caridosa que me comprava nas filas do navio Niassa, umas cervejas fresquinhas e uns pacotes de bolachas baunilha. Era necessário ir para filas sem fim para arranjar umas sandes e valia mais passar fome. Para as bolachas, as filas não eram tão grandes e há sempre aqueles que, com dois dedos de conversa, aguentam as mais terríveis das filas. Não é por acaso que lhe chamam "bichas"!

Antes de chegarmos a Luanda, revoltamo-nos. Planeamos um levantamento de rancho. Aquilo começava a ficar terrível para muitos e então, planeamos o primeiro ataque. A Força Aérea e a Marinha decidiram avançar para o levantamento de rancho, sós, uma vez que o maralhal do Exército se encolheu. Por fim, numa terrível guerra de bastidores, os marinheiros também nos deixaram sós.

Por isso, ficando só os técnicos da Força Aérea e os Paraquedistas, cerca de 120, apodados de indisciplinados, decidimos avançar. Para mim sempre entendi que a indisciplina era levada a cabo por aqueles que não cumpriam as regras do jogo e nunca por quem defende os seus direitos dentro dessas regras. O Comando Militar do navio Niassa era exercido por um Coronel do Exército e, a nossa revolta, iria ser uma bronca para o Niassa e para todos os seus responsáveis».

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As orcas, aqueles bicharocos a que chamam de baleias assassinas, também nos encantaram à medida que rumávamos em direcção a sul. Estas meninas são os terrores dos mares. Elas atacam em grupos organizados e nada lhes resiste
 

«Mas, como dizia o Comandante Militar, nós não éramos ninguém. 120 em 1800, pouco valíamos, mas decidimos avançar!
Mandaram-nos formar frente ao comando, como bonecos e foi então que o Sr. Coronel cometeu um erro enorme. Ameaçou-nos! Teve o descaramento de, gritando, nos dizer que nós não éramos ninguém, que pegava nos seus homens, atirava connosco ao mar e até ninguém daria por isso. O Sr. Coronel substimou o valor de homens revoltados, mesmo que pouco mais que crianças, e decididos a levar a sua luta até ao fim.

Um paraquedista, cheio de coragem, tal como se fosse filho de um qualquer Adamastor ou descendente de Neptuno, colocou-se em sentido e disse: "dá-me  licença meu Coronel"? «Faça favor», disse o Coronel. O Pára deu um passo em frente e disse-lhe: "o Sr. Coronel ameaçou que nos podia lançar ao mar. É só para lhe perguntar se quer tentar. Garanto-lhe que não será o Sr. que me vai atirar ao mar e vai ficar aqui de braços cruzados a ver-me bracejar. Eu vou ao mar, mas garanto-lhe que o Sr. vai comigo. Estamos tão pertinho um do outro"!
Houve um bla-bla-bla do Sr. Coronel e fez a devida correcção desculpando-se como pôde e disse-nos que até Luanda seria assim. Em Luanda cada um fizesse como quisesse, mas não tinha hipótese alguma de melhorar o rancho. Porém ficou claro que só sairíamos de bordo quando chegássemos a Luanda!

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Esta é a prova da dignidade desta beleza dos mares. Pelo bem ou pelo mal ele e o homem dão tudo o que têm para atingirem soluções bélicas, nem sempre as melhores, mas nem por isso deixam de ser bons companheiros. Os dois juntos tentam dominar os mares, quantas vezes em nome da liberdade dos mesmos
 

Mas esta viagem deu bem para me divertir, apesar de tudo. Estávamos pelo Equador, rumo a sul, onde uma noite, entre a meia-noite e os 12 minutos seguintes, assisti da proa do Niassa à luta de um grande tubarão com o próprio Niassa. Eu estava só, mas ao ver um militar do exército que vinha apanhar ar e fumar um cigarro, levantei o braço e fiz-lhe sinal para acelerar a ver se ainda conseguia ver aquilo. Estivemos cerca de 12 minutos a ver uma luta terrível entre dois velhos senhores dos mares. Um tubarão e o velho navio Niassa. O tubarão saía debaixo de água e atirava com aquele grande corpanzil contra o Niassa, deixando bem claro que não gostava de o ver nos seus domínios. Foram 12 minutos terríveis. O Niassa sempre a rasgar o mar e aquele senhor dos mares a atacá-lo com tudo que tinha. Dariam 12 minutos de filme incríveis»!

«Que terá acontecido ao tubarão que desapareceu sem deixar rasto? Terá sido troxidado pela hélice do Niassa? Nunca teremos resposta!

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O que melhor recordo, entre Lisboa e Luanda, foram os golfinhos, belíssimos companheiros de caminhada. Umas vezes à esquerda, outras vezes à direita, eles estavam sempre a saudar o Niassa. Também orcas e tubarões e outros peixes nos ofereceram a sua companhia inesquecível
 

Na linha do Equador, estivemos parados cerca de quatro horas. Por ali, o Niassa ficou suspenso na sua âncora e eu aproveitei para fazer algo que dignificasse a minha passagem por aquela linha imaginária. Como era Inverno quando parti de Lisboa, levava comigo umas grossas camisolas interiores para lutar contra o frio, mas ao chegar ao Equador comecei a sentir que o meu amigo Apolo já gozava comigo! Nesse intervalo de tempo decidi afogar alguma roupa pouco adequada, nessa linha imaginária. Chateei-me, peguei nelas todas e lancei-as ao mar. Não sei se alguém fez o mesmo, mas junto de mim ninguém fez. Do Equador para baixo era Verão, o calor iria esturricar e depois, em Moçambique, logo se veria.

Eu sabia que nos planaltos do Niassa faria frio mas, nessa altura, eu apenas sabia que ia a caminho da 3ª Região Aérea. O que realmente me pesava eram os livros, mas esses todos se safaram do banho. Todos me seguiram e regressaram comigo».

Aantes: África à Vista




O Ventor e a sua amiga cegonha, 1969, em Vila Cabral